01 setembro, 2008

Eleições 2008, a campanha

Depois de duas semanas de campanha eleitoral gratuita, dá para ver o nível da disputa entre os candidatos a prefeito de Teresina. Enquanto o candidato à reeleição Sílvio Mendes mostra o que foi feito durante o primeiro mandato, os outros candidatos prosseguem pela via contrária a da democracia, ao invés de mostrarem suas qualidades, preocupam-se com os defeitos da administração anterior.
Muita coisa deixou de ser feita em Teresina durante os últimos três anos e meio. A falta de galerias para a drenagem das águas pluviais, por exemplo, é um problema teresinense que agrava-se a cada chuva e o atual prefeito nem fala em resolver, enquanto isto, maquiou a principal avenida da cidade que nos dias de chuva forte, fica intrafegável durante os temporais que costumam cair na cidade. Entretanto, muitas outras obras foram realizadas neste período, a conclusão do HUT e a ampliação de várias avenidas.
Infelizmente o brasileiro ainda não acostumou-se com a democracia, usa o precioso tempo da campanha eleitoral gratuita para desqualificar o seu oponente, invés de mostras suas próprias realizações e virtudes, seu passado e suas soluções para os problemas da cidade.

19 agosto, 2008

Frase do dia, talvez do mês, num sei...

Nestas olimpíadas, o brasileiro experimentou todos os sentimentos, mas o que mais experimentamos foi a frustração!

04 junho, 2008

07 maio, 2008

Mensagem do dia

O presidente Lula é um verdadeiro pai para os pobres, em compensação, para os banqueiros, ele é uma mãe.

03 maio, 2008

Jenipapo - A batalha que não entrou para a História

A História oficial da independência do Brasil resume-se aos eventos ocorridos a partir da Revolução Constitucionalista do Porto, que exigiu o retorno da família real para Portugal, e encerra-se em 7 de setembro de 1822, na declaração do príncipe regente D. Pedro, às margens do Ipiranga. A única luta sangrenta pela independência não consta dos livros didáticos; a Batalha do Jenipapo foi o único conflito armado com derramamento de sangue, pela independência do país. Milhares de piauienses, sem nenhum treinamento militar, lutaram com foices, enxadas e poucas armas de caça, num ato heróico, contra as forças portuguesas que contava com mais de mil soldados treinados e bem armados e mais de dez canhões.
Depois do retorno da família real para a Europa, não mais interessava às Cortes Portuguesas que o Brasil permanecesse na condição de Reino Unido, devendo retornar a condição de colônia. Para isto era necessário a mudança do poder político, administrativo, militar e judicial centralizado nas mãos do príncipe regente D. Pedro. Visando forçá-lo a regressar à Portugal, os nobres portugueses planejaram e aprovaram um plano de descentralização do poder; criando em cada província um governo independente. A Junta Provisória de Governo era composta de cinco ou sete membros, ficando as tropas de cada província sujeitas a um governador das armas, isento, e que provavelmente seria só escolhido entre os filhos de Portugal, em subordinação unicamente às Cortes de Lisboa e ao seu governo. Criavam-se desta forma, em cada província, dois centros de autoridades, um político e outro militar, que no caso da província do Piauí entraram em contradição. A manobra que pretendia esvaziar o poder do Príncipe Regente, mas, funcionou ao contrário, os políticos apoiaram D. Pedro no seu declaração de independência, enquanto os militares ofereceram certa resistência.
A política descentralizadora de poder, imposta pelas Cortes Portuguesas, levou o regente a proclamar a independência, na então província de São Paulo, a 7 de Setembro de 1822. Em algumas regiões estratégicas, se registrava grande concentração de tropas do Exército português, nas então Províncias Cisplatina, da Bahia, do Piauí, do Maranhão e do Grão-Pará, os comandantes permaneceram fieis à metrópole e ofereceram resistência a instalação de um governo brasileiro, independente de Portugal, e, das tropas portuguesas, a que ofereceu resistência ao novo regime, foi a da província do Piauí.

Porque a Província do Piauí era estratégica para Portugal

Diferente do que aconteceu nos outras províncias litorâneas do resto do Brasil, a colonização do Piauí deu-se do centro para o litoral, tanto que Oeiras era a única capital de província litorânea, que situava-se no interior. A ocupação da província se deu pelos fazendeiros do rio São Francisco, à procura de novas expansões para suas criações de gado. O governo de Pernambuco concedeu cartas de sesmarias a partir de 1674, que permitia a exploração das terras, situadas às margens do rio Gurguéia, afluente do rio Parnaíba. Um desses sesmeiros, o Capitão Domingos Afonso Mafrense, também conhecido como Domingos Sertão, fundou trinta fazendas de gado, tornando-se o mais eminente colonizador da região. Por sua própria vontade, as fazendas foram legadas, após sua morte, aos padres da Companhia de Jesus. Hábeis gerentes, os jesuítas contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento da pecuária piauiense, que atingiu seu auge em meados do século XVIII. Nessa época, os rebanhos da região abasteciam todo o Nordeste, o Maranhão e províncias do Sul. O comércio de algodão era considerado o melhor do Brasil, além disto, ainda produzia fumo, cana-de-açúcar, babaçu, carnaúba e outros produtos. Com a expulsão dos jesuítas, as fazendas de Mafrense foram incorporadas à Coroa. A partir de então, metade da receita seguia para Portugal e o restante custeava a onerosa máquina administrativa. Começou então o declínio das fazendas, juntamente com a economia piauiense.


A Batalha

Ao Major João José da Cunha Fidié coube o Governo das Armas da província do Piauí. Encarregadas de manter o norte da ex-colônia, fiel à Coroa Portuguesa, com sede em Oeiras porque 1821 o quadro financeiro da província Piauí, era muito bom, possuía o maior rebanho bovino do país. Em Parnaíba, um grupo de brasileiros patriotas, liderados por João Candido de Deus e Silva e Simplício Dias da Silva, declaram sua adesão à causa da Independência e aclamam Imperador, o Príncipe D. Pedro, a 19 de outubro 1822.
Com o objetivo de sufocar o levante em Parnaíba, Major Fidié e sua tropa, marcham para lá, cerca de 700 quilômetros distante de Oeiras. Ao chegar em 18 de dezembro 1822, encontraram a vila guardada pelo brigue Infante Dom Miguel, que tinha vindo do Maranhão, trazendo sua tropa e armamento, para ajudar o comandante Fidié. Incapazes de lutar contra as tropas portuguesas, os chefes da revolta parnaibana fogem e refugiaram-se em Granja no Ceará. Pensando ter sufocado o movimento revolucionário, o comandante Fidié desfila triunfante pelas ruas da Parnaíba. Enquanto isto, Manuel de Sousa Martins, futuro Visconde da Parnaíba, proclama o apoio à Independência e assume a presidência da Junta do Governo do Piauí, em Oeiras, no dia 24 de janeiro 1823. Decidido a castigar os revolucionários de Oeiras, o comandante da tropa portuguesa resolve retornar para a capital, com mais de 1.100 homens bem armados e 11 peças de artilharia.
Campo Maior era uma vila que fica no caminho entre Parnaíba e Oeiras e tinha aderido à independência em fevereiro de 1823. Sabendo da passagem das tropas de Fidié pela cidade a caminho para Oeiras, a população mobilizou-se angariando fundos e organizando um movimento armado de resistência aos militares portugueses. Mil e quinhentos piauienses atenderam à convocação do capitão Luís Rodrigues Chaves e a eles, se juntaram a 500 cearenses, sem fardas, todos mal armados. Só contavam com foices, espadas, chucos, facões e velhas espingardas de caça, formando a força nacionalista. Os nacionalistas dividiram-se em dois grupos que ocuparam cada uma das estradas que chegava na passagem do rio Jenipapo, o primeiro comandados pelo capitão Rodrigues Chaves e o segundo, comandado por João da Costa Alecrim, pretendiam combater contra as tropas de Fidié no rio Jenipapo, que é um rio temporário, estava seco e os brasileiros pretendiam usá-lo como trincheira. A estratégia era surpreender os militares portugueses quando eles apontassem na estrada. Entretanto, Fidié dividiu sua tropa em duas: a cavalaria seguiu pela esquerda enquanto a artilharia seguiu pela direita.
Às 9 horas da manhã do dia 13 de março de 1823, na vegetação rasteira das terras da vila de Campo Maior, aconteceu o primeiro embate entre o exército português e os matutos que formavam a força nacionalista. Os patriotas surpreenderam a cavalaria inimiga e conseguiram repelir as tropas portuguesas, porém, Fidié conseguiu atravessar o Jenipapo, escolher posição, dispor os seus homens e por em ação as suas 11 peças de artilharia que foram decisivas na batalha. Os brasileiros ainda atacaram os portugueses outras vezes, mas a artilharia inimiga abateu, sem piedade, mais de 200 homens da força nacional.
Depois de cinco horas de combate, às 14 horas do mesmo dia, os patriotas bateram em retirada deixando para trás 200 mortos e 542 homens, entre prisioneiros e feridos. Entretanto a batalha não foi só perdas para os nacionalistas. Fidié perdeu 116 soldados e 64 ficaram feridos no combate. Ele ainda perdeu a maior parte da bagagem, composta de comida, água, algumas armas e até mesmo um pequeno tesouro que trazia de um suposto saque que havia feito na cidade de Parnaíba, numa ação ousada dos cearenses comandados pelo capitão Nereu.
Aparentemente vitorioso, o comandante Fidié acampou na fazenda Tombador, distante cerca de um quilometro de Campo Maior, mas em poucos dias rumou para Estanhado, atualmente União, para depois seguir para Caxias, na província do Maranhão onde aquartelou-se e foi cercado por outra força nacionalista formada por piauienses, cearenses e maranhenses que conseguiram sua rendição no dia 31 de setembro de 1823.
Um ano depois da declaração de independência do D. Pedro, ficou garantida a unidade nacional devido ao heroísmo e a determinação do povo piauiense que deu seu sangue pelo país que não reconheceu seu sacrifício. Nem no Piauí esta parte da História é bem conhecida.
O declínio da economia piauiense no século XIX e a distância da capital do império talvez explique a omissão deste fato nos livros didáticos de História do Brasil. Enquanto Minas Gerais tem um herói, mártir do imperialismo português, que é homenageado pelo Brasil com um feriado nacional, o Piauí tem algumas centenas, porém nenhum reconhecimento pelo país ou pelos historiadores, provavelmente pela sua falta de expressão na economia, cultura e na política nacional.

28 março, 2008

Onde está o dinheiro?

O deputado Artur Virgílio do PSDB, disse em entrevista ao repórter Heraldo Pereira da Rede Globo que a CPI dos cartões corporativas não pode ser adiada, pois, segundo ele, não se atrasa clássico de futebol nem decisões importantes. Ele esqueceu de completar dizendo que o salário dos políticos não atrasa. É uma imoralidade, parafraseando o deputado Jader Barbalho referindo-se a Antônio Carlos Magalhães – “...é a prostituta pregando virtude...”.
O país é carente em saúde, segurança educação, estradas, esgotos, portos, aeroportos, energia, meio-ambiente, entretanto a oposição só tem discutido o uso ilegal do cartão corporativo do governo. A incompetência dos políticos, tanto da situação quanto da oposição é de saltar ao olhos. A oposição é incapaz de cumprir seu papel, que é fiscalizar o governo, normalmente ela sabe dos escândalos pelas denúncias que partem da mídia que é mercenária e só denuncia quando não está levando vantagem no governo. Os que estão no poder, por sua vez, aproveitam pra fazer tudo aquilo que condenava enquanto oposição.
Usar o dinheiro público em benefício próprio, como parece ter acontecido com os cartões corporativos, é, no mínimo, um deboche com o cidadão brasileiro, mas, concentrar todos os discursos apenas com este assunto, é outro desperdício de dinheiro público, existem diversos outros assuntos que deveriam estar na pauta e estão esquecidos. Todas as responsabilidades que o governo deixa de cumprir, o cidadão arca com o ônus, é assim com a segurança, saúde e educação que só tem quem pode.
Nós pagamos rigorosamente em dia, altos salários e gordas mordomias para uma elite política lutar pelo poder, mas nem uma briga decente, eles são capazes de nos proporcionar, pelo menos, assim, nós nos divertiríamos. O governo de hoje que era a oposição ontem, alcançou o poder devido a mesma incapacidade de administrar o país que agora demonstra ter. O salário mínimo cresceu, é verdade, devido a desvalorização da moeda americana, hoje, o mínimo brasileiro passa dos 200 dólares, pena que os demais salários não tenham crescido na mesma proporção. Os tributos continuam os maiores do mundo, quase a metade da produção de um trabalhador, vai parar na mão do governo, na forma de impostos, só assim, um povo pobre pode ter empregados ricos.
No fim das contas, nossos lideres tem salários invejáveis para nos dizer que as obras não podem ser feitas ou estão paralisadas por falta de dinheiro, também só pode, eles embolsam tudo, em forma de pagamentos ou de corrupção.

23 fevereiro, 2008

Exposição Fotográfica para a Semana de Comunicação - UFPI

O Centro Acadêmico de Comunicação Social da UFPI-CACOS, estará recebendo ensaios fotográficos sobre o tema Manifestações Culturais Piauienses (qualquer fotografia que expresse alguma manifestação artística e /ou cultural como artesanato, peças teatrais, apresentações musicais, grafites e outros).

A exposição ocorrerá durante a Semana de Comunicação Social da UFPI (7 a 11 de abril) no espaço do CCE.
As pessoas interessadas,devem fazer sua inscrição:

Local: Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cacos-UFPI) - CCE

Horários:Segunda - 16:00 às 18:00
Quarta - 10:00 às 12:00 e 16: 00 às 18:00
Sexta - 10:00 às 12:00 e 16: 00 às 18:00

Documentos exigidos: Carteira de identidade
Quantidade de fotografias: No máximo 10.
Maiores informações: 3232-0052/9947-2977 (Vanessa Feitosa)

16 janeiro, 2008

Violência muda a paisagem de Teresina

Teresina figura entre os vinte municípios mais seguros do Brasil, segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mas a percepção do teresinense é outra. Além dos depoimentos de vítimas conhecidas, diariamente os jornais estão recheados de notícias relacionadas à violência. A verdade é que há poucos anos, a cidade era segura, com poucas ocorrências policiais, sendo o trânsito nosso maior problema de segurança. Como em qualquer lugar, eventualmente aqui também acontecia algum furto ou “conto-do-vigário” mas, assaltos eram raros e seqüestros só no noticiário nacional.
A paisagem urbana de Teresina mudou muito nos últimos 20 anos. Nos anos 80, a cidade tinha poucos apartamentos e a maioria das residências era casas que só tinham uma mureta na frente; às vezes nem isto, porque não precisava. A sensação de segurança era tão grande que muitos dormiam com as janelas das suas casas abertas. Hoje, muitos optam por morar em apartamentos devido à segurança que eles oferecem e aqueles que ainda residem em casas, cercam-se com muros altos e cercas elétricas.
As estatísticas sobre violência, na versão oficial, têm incidências notadamente no transcorrer da noite e nos finais de semana. Visando reduzir o índice de violência existente em Teresina, devido ao grande número de ocorrências, delitos e aos acidentes registrados durante a madrugada, o secretário de Segurança, Robert Rios, decretou há cerca de dois anos a portaria que determinava o horário de funcionamento das casas noturnas, conhecida como “Boa Noite Teresina”, que pouco ou nada tem adiantado.
O motivo para toda esta violência que vemos estampada nos noticiários é o resultado da combinação – falta de educação com falta de fiscalização e impunidade. Enquanto as escolas e as famílias não educam, as polícias não executam seus principais papéis que são os de policiar ostensivamente através de blitzens e investigar inteligentemente todos os crimes. Entretanto, a Justiça deveria punir exemplarmente, principalmente, os ricos, que conseguem se manter longe das grades, graças ao empenho dos seus onerosos advogados.

Radiofônicos fazem a festa!

Quem sou eu