28 maio, 2019

O FIES, o crédito injusto

O FIES é um empréstimo do governo federal para financiar o ensino superior em instituições de ensino superior privadas para a população de baixa renda. Essa modalidade de financiamento do ensino superior em instituições não gratuitas foi criado pelo governo do presidente Geisel em 1976 com o nome de Crédito Educativo. Em 1999, no governo FHC foi rebatizado com o nome de FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e ampliado em 2003 pelo governo Lula. Apesar de muito importante na formação superior de jovens de baixa renda, ela é muito injusta, pois, depois de graduados, o cliente tem que pagar o valor recebido com juros. Entretanto, existem pessoas com alto rendimento cursando graduação superior nas universidades públicas, se nenhum ônus, mesmo depois de formados. Para ter acesso ao FIES o estudante tem que provar o baixo rendimento familiar, enquanto os alunos de instituições públicas não tem que provar os rendimentos familiares. Esse financiamento é feito em etapas semestrais. Prazo de carência: nos 18 meses após a conclusão do curso, o estudante pagará, a cada três meses, o valor máximo de R$ 150,00. Amortização: Ao final da carência, o saldo devedor do estudante será dividido em até 12 anos. Além dos estudantes, as IES não gratuitas foram extremamente beneficiadas com esse financiamento, pois, sua clientela cresceu muito, já que pessoas que antes não podiam arcar com os altos custos de um curso superior, passaram ser clientes dessas instituições. Até 2014 as IES não gratuitas já tinham faturado cerca de 1,2 trilhões de dólares somente com esses alunos. Sem falar que muitos cursos financiados pelo FIES não tem nenhuma importância para o desenvolvimento do país nem para o desenvolvimento da Ciência brasileira, mas essa já é outra discussão. Entretanto, o custo é muito baixo para o erário público, pois, um aluno da rede pública custa 3 vezes mais que um aluno na rede privada, sem falar que o valor será devolvido. Enquanto um aluno de uma universidade federal custa em média R$ 37.551 reais ao ano, um aluno da rede particular custa em média R$ 12.000 reais. Como os alunos de famílias com alto rendimento têm mais chances de ingressar em uma IES pública, pois cursou o ensino fundamental e médio em escolas pagas, os alunos de baixa renda não consegue essas vagas já que cursaram o ensino médio e fundamental em escola pública que via de regra tem qualidade do ensino bem inferior. É aí onde reside a injustiça. Enquanto os alunos que têm família com altos rendimentos têm seus estudos totalmente custeados pelo Estado, são mais caros e não tem que devolver o investimento. Os alunos de com baixa renda familiar custam pouco e entram na vida profissional com uma dívida que levará mais de uma década para pagar. Para ser realmente justo, o ensino superior público deveria ter 100% de suas vagas destinadas para pessoas com baixo rendimento e aqueles que têm famílias abastadas, poderiam até ter seus estudos financiados pelo Estado, mas, deveriam ser obrigados a devolver esse investimento depois de graduados.

Como foi e como está sendo tratada a violência no Brasil

Se o governo ainda não implementou nenhuma medida contra a violência. Por que os índices caíram 25% no primeiro trimestre desse ano? Pelo mesmo motivo que a violência explodiu durante os 16 anos de governo de esquerda. A mensagem subliminar. Para as Esquerdas, a bandidagem é uma vítima da sociedade, há uma compreensão do crime, esquerdistas encontram justificativas para atitudes criminosas. Durante a gestão esquerdista, houve um afrouxamento no combate ao crime, as penas foram reduzidas e criadas penas alternativas como medidas sócio-educativas e o cumprimento de penas domiciliares com uso de tornozeleiras. A população foi orientada a não reagir e se render ao bandido. Com o Estatuto do Desarmamento, passou ser crime o cidadão portar arma. Isso causou um aumento exponencial nos índices de violência entre 2002 e 2018. Até o ano 2000, a insegurança se restringia às metrópoles do Sudeste, eram raros os casos de violência em pequenas cidades e no Nordeste, Teresina, por exemplo, era uma cidade segura até o começo dos anos 2000. Depois da ascensão das esquerdas ao poder a partir de 2003, a criminalidade se espalhou pelo país inteiro de maneira endêmica e locais onde antes não necessitava de polícia, passou a conviver com o crime cotidianamente. A Direita foi eleita com um discurso de intolerância ao crime. Para os direitistas, bandido é bandido mesmo e não vítima da sociedade. A nova orientação é que o cidadão pode e deve se defender do bandido. E, apesar de muitos exageros no Decreto do Porte de Armas, o cidadão não será criminoso caso porte uma arma legalizada tendo passe pelos trâmites legais. O resultado já pode ser visto nos índices que medem a violência no país, queda de 25% nos primeiro trimestre. Organizações violentas como o MST e o MTST recuaram nas suas ações, como víamos anualmente no mês de maio, batizado como Maio Vermelho que promoviam a invasões de terras e atos de vandalismo, destruindo até pesquisas da EMBRAPA. Freud teorizou que os seres humanos são movidos por forças primitivas, sexuais e agressivas ocultas no fundo das mentes de todos os seres humanos. Forças que se não controladas levariam indivíduos e as sociedades ao caos e a destruição. Foi exatamente o que aconteceu quando aqui no Brasil, os governantes passaram a compreender atitudes violentas, argumentando que os criminosos são vítimas da sociedade injusta e desigual. Espero que a experiência tenha sido compreendida e que a partir de agora, nós passemos a controlar essas forças inconscientes e passemos a mensagem que a violência é inaceitável e será combatida não só pelas instituições estatais, mas também pela sociedade em geral. Vamos valorizar os cidadãos e penalizar os bandidos.

27 maio, 2019

Nem Deus nos salva

O governador Wellington Dias anunciou mais um empréstimo, dessa vez, a União vai emprestar. Até aí, tudo bem, mas quem vai pagar e como? Com certeza não será ele, é mais uma dívida para o próximo governador eleito. Com que recursos? Se esse dinheiro não será usado como investimento para gerar receita para custear o estado e saldar essa e outras dívidas contraídas pelo atual governo. Essa é mais uma daquelas soluções paliativas que tapará um buraco agora é abrir outro ainda maior no futuro. A atividade econômica do estado é baixa, a maioria da população não produz nenhuma riqueza, nenhum produto. A “elite” piauiense é a classe média, composta na sua quase totalidade de funcionários públicos e pequenos empresários do comércio e serviços. Quase não existe indústria, a agricultura e pecuária é de subsistência. Praticamente tudo que consumimos vem de outros estados que também estão na mesma situação que nós. Os centros comerciais estão vazios mesmo nas segunda-feiras, inúmeros pontos comerciais fechados e os que ainda estão abertos não demoram pra fechar. Alguns corajosos fazem investimentos abrindo as portas hoje para fechar em breve com dívidas. O governador engana o povo e mantém as coisas funcionando precariamente. Todas as possíveis fontes de receitas do estado foram passadas para a iniciativa privada para continuar funcionando. Rodoviária, companhia de água, companhia elétrica e centro de convenções são apenas algumas que foram privatizada para não fechar. Pois, na verdade, eram onerosas em vez de lucrativas e acumulavam dívidas impossíveis de pagar devido às sucessivas gestões incompetentes e corruptas. Não demora muito para a situação ficar insustentável, como está no Rio de Janeiro. Com salários dos funcionários públicos atrasados. Será o caos, visto que é esse dinheiro que ainda circula e fazem as coisas funcionarem. Há tempos a maioria gasta o mínimo e em breve nem isso poderá fazer. Enquanto isso, o povo briga entre si por políticos que se elegem na tentativa de salvar a própria pele com o salário e os privilégios inerentes ao cargo. Infelizmente apelar para Deus rezando, não vai resolver!

21 maio, 2019

O ser humano está obsoleto

Diariamente aparecem inovações tecnológicas que minimizam o trabalho e aumentam a produtividade. Ao mesmo tempo, a população cresce em escala geométrica e as necessidades de mais recursos naturais e mais postos trabalho só aumentam. Dessa maneira, a conta não fecha. Meu avô que era agricultor, precisava de dezenas de trabalhadores e animais para fazer suas terras produzirem. Só filhos ele tinha onze, e, não pense que se reproduziu apenas por prazer; a reprodução também era necessária para garantir mão de obra para a produção em suas terras. Hoje uma fazenda não precisa mais de tantos agricultores como naquele tempo, as máquinas fazem a maioria dos serviços num menor espaço de tempo. Para a produção de açúcar, por exemplo, era necessário inúmeros trabalhadores que preparavam a terra, plantavam, colhiam, espremiam a cana, desidratavam o suco, produziam a rapadura em engenhos, refinava-a para finalmente obter o açúcar. Agora, máquinas plantam, colhem, transportam e as usinas praticamente autônomas até ensacam o produto. O exército de colhedores de cana não existe mais, são milhares de postos de trabalho que simplesmente desapareceram em pouquíssimos anos. Há pouco mais de uma década, para fazer uma fotografia, por exemplo, era necessário pelo menos dois profissionais: o fotógrafo e o laboratorista. Isso, sem falar nos trabalhadores que produziam todos os materiais utilizados no processo fotográfico. Além da fábrica de equipamentos fotográficos, havia fábrica para o filme e papel fotográfico. Eram parques industriais gigantescos que demandavam enorme quantidade de trabalhadores. Hoje, com os aparatos tecnológicos, nem o fotógrafo é estritamente necessário, pois as máquinas praticamente fazem o trabalho sozinhas com os softwares de edição. Salvos os casos em que se precisa de uma obra de arte, todos são capazes de produzir suas próprias imagens, dispensando toda uma cadeia produtiva que demandava muitos postos de trabalho. Um banco necessitava de dezenas de bancários para realizar as transações financeiras. Hoje, as agências bancárias têm o mínimo de profissionais na atividade, a maior parte foi substituída por máquinas que fazem todos os cálculos, toda a escrituração e até mesmo o atendimento da maioria dos clientes. Poucos profissionais são suficientes para suprir as necessidades de uma agência, apenas abastecendo as máquinas com dinheiro e papel. Até mesmo esses trabalhadores estão sendo substituído por cartões, pois, já não é mais estritamente necessário o uso do dinheiro para operações de compra e venda. Nesse exato momento o Brasil discute a reforma da Previdência Social, milhões de pessoas pensam em sair do mercado de trabalho e viver improdutivamente com salários pagos pelos trabalhadores em atividade. Mas, como resolver esse problema se cada dia necessita-se de menos trabalhadores ativos e mais pessoas pretendem viver sem trabalhar? Se por um lado é justo, e até necessário, visto que seu trabalho garantiu o próprio sustento além de sustentar os inativos e os jovens precisam trabalhar, do outro, está ficando impossível, pois já não há demanda por trabalhadores e esses, cada dia são menos necessários nas diversas atividades.

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