16 janeiro, 2008

Violência muda a paisagem de Teresina

Teresina figura entre os vinte municípios mais seguros do Brasil, segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mas a percepção do teresinense é outra. Além dos depoimentos de vítimas conhecidas, diariamente os jornais estão recheados de notícias relacionadas à violência. A verdade é que há poucos anos, a cidade era segura, com poucas ocorrências policiais, sendo o trânsito nosso maior problema de segurança. Como em qualquer lugar, eventualmente aqui também acontecia algum furto ou “conto-do-vigário” mas, assaltos eram raros e seqüestros só no noticiário nacional.
A paisagem urbana de Teresina mudou muito nos últimos 20 anos. Nos anos 80, a cidade tinha poucos apartamentos e a maioria das residências era casas que só tinham uma mureta na frente; às vezes nem isto, porque não precisava. A sensação de segurança era tão grande que muitos dormiam com as janelas das suas casas abertas. Hoje, muitos optam por morar em apartamentos devido à segurança que eles oferecem e aqueles que ainda residem em casas, cercam-se com muros altos e cercas elétricas.
As estatísticas sobre violência, na versão oficial, têm incidências notadamente no transcorrer da noite e nos finais de semana. Visando reduzir o índice de violência existente em Teresina, devido ao grande número de ocorrências, delitos e aos acidentes registrados durante a madrugada, o secretário de Segurança, Robert Rios, decretou há cerca de dois anos a portaria que determinava o horário de funcionamento das casas noturnas, conhecida como “Boa Noite Teresina”, que pouco ou nada tem adiantado.
O motivo para toda esta violência que vemos estampada nos noticiários é o resultado da combinação – falta de educação com falta de fiscalização e impunidade. Enquanto as escolas e as famílias não educam, as polícias não executam seus principais papéis que são os de policiar ostensivamente através de blitzens e investigar inteligentemente todos os crimes. Entretanto, a Justiça deveria punir exemplarmente, principalmente, os ricos, que conseguem se manter longe das grades, graças ao empenho dos seus onerosos advogados.

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