15 agosto, 2007

As placas não fiscalizam

É triste ver homens adultos, com formação superior e posição social invejável, em frente a uma placa de proibição do uso de cigarros e assemelhados, fumando descaradamente, como se não fossem conscientes da proibição. Os nossos governantes acreditam que a fixação de placas é medida suficiente para coibir o uso de tabaco em ambientes fechados, como determina a Lei Federal 9.294/96, que proíbe o consumo do cigarro neste locais.
O fato é que a fumaça do tabaco queimado contém centenas de toxinas, muitas delas comprovadamente cancerígenas e isto não é segredo para ninguém; quem fuma deveria ser consciente dos males que este vicio trás. O governo faz campanhas educativas sobre este assunto em todas as mídias, inclusive nas embalagens dos cigarros. Mas não é somente os fumantes que se prejudicam, as pessoas que inalam a fumaça, mesmo que involuntariamente, estão se intoxicando do mesmo jeito. A Lei que proíbe o consumo de cigarros em ambientes fechados, como restaurantes, ônibus e aviões, além determinar a fixação de placas informativas sobre a proibição, também prevê pena de multa para os estabelecimentos que a desrespeitarem. Como não existe fiscalização, dos órgão públicos, os fumantes que já não tem nenhum respeito pelo seu corpo, não vão respeitar apenas uma placa informativa, nós, os não-fumantes é que temos que tomar a atitude fiscalizadora e denunciadora, visto que é nosso direito não respirar ar contaminado com fumaça de cigarros. Mas quando alguém reclama, ainda é rotulado de antipático, intolerante e arrogante, como se o direito fosse o deles de contaminar o ar com sua fumaça venenosa. A estes eu respondo que sou arrogante sim, pois o verbo arrogar significa tomar pra si, e eu tomo para mim a fiscalização que o governo é incompetente para faze-lo, tendo em vista que estou preservando não só a minha saúde, mas a de todos que convivem comigo.
A tristeza que sinto, é a de ver que a educação não é suficiente para conscientizar a sociedade, como tenho acreditado, pessoas educadas não são pessoas conscientes necessariamente. Mas tudo começa assim, nas pequenas infrações cotidianas, aparentemente ingênuas e inofensivas, como furar uma fila, fumar em local proibido, pegar uma contra-mão, parar em fila dupla e terminam nos escândalos políticos, pois a política é um reflexo da sociedade.

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