Diariamente às 21h, a Rede Globo de televisão, leva ao ar um faroeste contemporâneo, que em nada enriquece nossa tão prostituída cultura. Este folhetim televisivo mostra brasileiro fantasiado de cow-boy perpetuando práticas americanas, tais como o rodeio, ouvir e dançar country. Que infelicidade a do vaqueiro, aquele nordestino que alimentou o país, e nunca se viu retratado como o verdadeiro herói nacional. A nossa cultura está sendo esquecida tanto que perneira e gibão são termos totalmente desconhecidos atualmente, porque a cultura cow-boy é mais valorizada que a cultura do vaqueiro, não só nos Estados Unidos, mas aqui mesmo no Brasil, terra do vaqueiro.
A trama melhora um pouco quando mostra que é impossível um brasileiro pobre entrar nos EUA, a não ser clandestinamente, correndo risco de morte e que os americanos odeiam imigrantes, principalmente latino-americanos, pois somos mão-de-obra barata, que não vamos somar e sim dividir. Lá os latino-americanos são tratados como sub-humanos, na óptica americana nós estamos numa escala evolutiva inferior a deles. Nossos cursos de graduação não são reconhecidos pelas instituições norte-americanas, nem as públicas ou as privadas. Já aqui, americanos são muito bem-vindos, chegam a sentirem-se em casa, pois tudo o que falamos, usamos ou vemos, tem influência americana. Curau, ninguém sabe o que é, mas hambúrguer, todos sabe.
A trama melhora um pouco quando mostra que é impossível um brasileiro pobre entrar nos EUA, a não ser clandestinamente, correndo risco de morte e que os americanos odeiam imigrantes, principalmente latino-americanos, pois somos mão-de-obra barata, que não vamos somar e sim dividir. Lá os latino-americanos são tratados como sub-humanos, na óptica americana nós estamos numa escala evolutiva inferior a deles. Nossos cursos de graduação não são reconhecidos pelas instituições norte-americanas, nem as públicas ou as privadas. Já aqui, americanos são muito bem-vindos, chegam a sentirem-se em casa, pois tudo o que falamos, usamos ou vemos, tem influência americana. Curau, ninguém sabe o que é, mas hambúrguer, todos sabe.
Qualquer cultura é como uma colcha de retalhos, quanto mais retalhos mais ricos, o processo de absorção de valores externos é até saudável. O futebol, por exemplo, é um esporte inglês que nós adotamos a tal ponto do país ser reconhecido como o "país do futebol". O que não pode acontecer é o esquecimento do conhecimento e dos valores locais. Espero que em 2045 quando a Globo fará 85 anos, no folhetim das 20h, todo mundo ouça e dance forró, o esporte, seja vaquejada, todos esteiem vestidos com perneira e gibão, que são respectivamente a calça e o casaco do vaqueiro. E o drama seja vivido pelos americanos tentando entrar no Brasil em busca de trabalho.
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