15 abril, 2005

Salão de Fotografia de Teresina 2005 - AS BRIGAS

Como noticiei aqui, terça-feira (12/04) saiu o resultado do Salão de Fotografia de Teresina 2005, e como acontece em todos os concursos, os que não ganham sentem-se frustrados e sempre tem reclamações de toda natureza, algumas procedem, outras não; vários participantes chegaram a retirarem suas fotos da exposição, revoltados com o resultado. Nas categorias Fotografia Profissional P&B e Fotografia Profissional Colorida, é quase unânime que os resultados foram justos.
Existem rumores de que os jurados não tiveram oportunidade de julgar todos os trabalhos, segundo fonte segura, o organizador do evento, o Fotógrafo Cândido Neto, selecionou 60 dentre as 400 inscritas, para avaliação dos jurados, o que não é lícito, porque isto não estava previsto no regulamento, o mesmo não fazia parte do jurado e ainda era o único a saber quem eram os autores das fotografias concorrentes, pois todas as concorrentes recebiam um código, no ato da inscrição, para evitar favorecimento por parte dos jurados, mas ele sabia a autoria dos trabalhos, portanto poderia favorecer alguém, não afirmo que aconteceu, mas existe possibilidade de ter acontecido.

A desclassificação de todas as fotografias cujo tema foi natureza-animais, é irregular, já que nas regras do concurso não explicitava esta condição. Outra irregularidade foi na categoria Fotografia Digital, cujas regras não esclareciam a definição de fotografia digital, se a captura, se a montagem ou o retoque; a fotografia vencedora, inscrita como sendo de autoria do Fotógrafo João Rufino, na verdade foi um trabalho a quatro mãos, o trabalho de manipulação foi feito pelo laboratorista Maurício do Cine Foto Hollywood; este fato teria passado desapercebido se tal fotografia não tivesse sido eleita como a melhor, nem era a mais bonita das concorrentes nesta categoria, e ele não foi o único, outros concorrentes recorreram ao mesmo expediente para figurar entre os candidatos ao prêmio de melhor fotografia digital.

Estou ciênte das dificuldades de organizar e executar um concurso como este, sei também que o tempo para a elaboração, organização e execução foi curtíssimo visto que o atual Coordenador de Fotografia e Vídeo da Fundação Mons. Chaves, assumiu em janeiro último, mas isto não pode ser usado como desculpa para desorganização de um concurso, cujas regras não eram claras, algumas nem constava do regulamento e a falta de tema confundiu os participantes e jurados. No próximo ano haverá outro Salão, espero que este tenha servido de lição para a Coordenação, que terá um ano para refletir e elaborar regras claras e objetivas para minimizar os sentimentos de injustiça por parte dos participantes.

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